terça-feira, 11 de abril de 2017

Botas Táticas vs Coturnos Militares

Botas tàticas (brasileiras) vs coturnos militares
Durante muitos anos usei coturnos militares no mato (eram praticamente a única opção viável na época) e acompanhei a mudança do velho, pesado e desconfortável "queixo duro" da Alpargatas para os novos modelos atuais, bem mais leves e confortáveis e dos quais me tornei um fã, ao longo dos anos.
Porém, a algum tempo atrás, comecei a usar os modelos táticos mais caros, bonitos e que possuem mais "testosterona" em seu design e estética, o que lhes confere um apelo muito grande. Os preços tbm são bem maiores e variam de 400 a quase mil reais, dependendo do modelo e marca.
Bom, eu sempre fui um destruidor de calçados, desde jovem. Meus tênis sempre acabavam mais rapidamente que de meus irmãos e as atividades que faço no mato, ao longo de minha vida, ajudaram bastante a destruir muitos calçados.
Então, pra mim, preciso de botas que sejam fortes e resistentes, mas leves o bastante para poder usá-las ao longo do dia todo (e as vezes a noite), constantemente, durante o ano todo e em terrenos que podem ser rochosos, alagados, arenosos, de florestas úmidas ao cerrado seco!
Minha decepção foi grande, ao perceber que nenhuma das botas táticas que eu tive, aguentava o tranco da mesma forma que os coturnos que estava acostumado a usar. A que durou mais, resistiu por um ano e meio e na primeira vez que a lavei, ela descolou e abriu as duas solas. Seu valor está em torno de uns 500 reais. Além disso, uma vez encharcadas, levam dias para secar.
Tbm tive 2 pares de uma outra marca, na mesma faixa de preço e em menos de 1 ano todas rasgaram e tiveram ruptura da estrutura interna de seus calcanhares, inutilizando seu uso. Vi isso acontecer com botas da mesma marca, de outras pessoas.
Isso me fez avaliar o custo benefício das botas brasileiras normalmente apontadas como boas, para o uso pesado.
Hj penso que elas são apenas para ações "táticas" urbanas, em cenários de relevo menos acidentados. Creio que no asfalto elas tem uma performance melhor que nos perrengues do mato, onde elas sem dúvida, deixam a desejar, pelo menos se considerarmos a frequência de seu uso e aquilo que é exigido delas nestes ambientes.
Além disso, pelo preço de uma bota tática é possível adquirir 3 coturnos extra-leves, que vão resistir ao menos 3 anos de pancadarias constantes, mas sem o apelo "desert warrior" no estilo SEALs. Soma-se a isso, o fato de que os coturnos são mais leves e secam muito mais rapidamente que as botas táticas que usei.
Uma única desvantagem dos coturnos, em geral, são suas palmilhas baixas e desconfortáveis, que fazem doer os pés em longas caminhadas, porém, com o tempo e a experiência, acabei aprendendo como resolver este ponto negativo dos coturnos. Sempre compro um número maior que o meu e coloco dentro uma palmilha ortopédica ou de um bom tênis de corrida e, assim, eu elimino o problema do desconforto.
Enfim, após alguns anos tentando achar um substituto para meus velhos "boots", abandono as tendências da "moda-sou-foda-pra-cacete" e volto para os coturnos de couro e lona, simples, leves e tradicionais, que, em geral, prefiro nas cores marrom e verde!
Imagino que haja outras marcas de botas táticas (talvez, melhores que as que testei), mas estou certo de que seu custo é proporcionalmente ainda mais elevado, o que me desanima muito para adquiri-las, fazendo com que eu as deixe de lado e prefira aquilo que o tempo e a experiência em campo já me ensinaram.

2 comentários:

  1. Bem pensado. Uso botas de segurança (com C.A.) e gosto muito delas. Vou tentar com coturnos simples e usar suas dicas! Parabéns!

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  2. As botas de selva evoluíram para a tática para obter mais firmeza

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